Sem nunca ter sido usado por Moisés, avião oficial já custou R$ 220 mil aos cofres do atual governo
Os gastos com a aeronave oficial do governador catarinense Carlos Moisés (PSL) já somam R$ 220 mil mesmo sem nunca ter sido usada para transportar o chefe do executivo estadual atual. O Carajá (PT-RFT) de sete lugares, fabricado em 1983, está no hangar no aeroporto de Florianópolis e só sai do chão para a manutenção, que exige teste de voo. O governo informa que a aeronave está à venda, por meio de leilão, e é avaliada em 495 mil dólares.

Mas enquanto não aparece comprador para o Carajá, o governo segue arcando com os custos de manutenção. Segundo dados do Portal da Transparência do Estado, para custear a aeronave no hangar do Hercílio Luz o Estado contratou seguro, renovado esta semana ao custo de R$ 45,7 mil, remunerou pilotos instrutores, comprou combustível, realizou manutenções preventivas e até um laudo para avaliação de mercado foi pago.

Quando assumiu o governo, em janeiro de 2019, Moisés anunciou que abriria mão das duas aeronaves oficiais à disposição da Casa D’Agronômica e passaria a se deslocar em voos comerciais. Em setembro do ano passado, o governo conseguiu negociar o jato Cessna Citation II 550 por R$ 3,2 milhões com o governo de Mato Grosso do Sul, prevendo uma economia de até R$ 4,5 milhões. Já o Carajá, entre 2015 e 2018, período do segundo governo de Raimundo Colombo/Eudardo Moreira, custou de R$ 2,9 milhões aos cofres públicos.
Por Fábio Bispo