Pelo Estado 28/07 Definição dos candidatos ao Senado atrasa montagem das chapas majoritárias em SC

Definição dos candidatos ao Senado atrasa montagem das chapas majoritárias em SC

Raimundo Colombo queria ser candidato ao governo, mas o PSD entregou a posição para o União Brasil de Gean Loureiro. Ele aceitou concorrer mais uma vez ao Senado, mas, positivado para Covid, não compareceu à convenção da coligação #BoraTrabalhar. Celso Maldaner venceu em votação apertada sobre Rogério Peninha Mendonça na convenção do MDB, mas sua candidatura não foi homologada na convenção do Republicanos do candidato à reeleição Carlos Moisés. Esperidião Amin foi aclamado governador sem nome para senador, nem para vice, que deve ser da federação PSDB-Cidadania. Ele explicou que Kennedy Nunes, homologado pelo PTB, está habilitado a ser candidato ao Senado, mas a Executiva do PP é que vai resolver. Dário Berger sonha ser candidato a governador, mas abriu mão e vai à reeleição ao Senado depois de apelo de Lula para fortalecer o palanque de Décio Lima (PT). O senador Jorginho Mello (PL), que é senador e tem mandato de mais quatro anos, pelo menos publicamente nem chegou neste ponto. Está com dificuldades de fazer alianças.

Este ano só está em disputa uma vaga para o Senado. Em 2002, por exemplo, já que tanto se tem comparado os dois pleitos, eram duas vagas. O segundo voto derrubou a lógica e a propaganda. Paulinho Bornhausen, hoje candidato a deputado federal pelo Podemos, caiu de favoritíssimo a derrotado. Com ele, também caiu Casildo Maldaner (MDB) que na ocasião levou Luiz Henrique de Serra para Lula, entre o primeiro e o segundo turno das eleições. Leonel Pavan (PSDB) e Ideli Salvatti (PT) chegaram ao Senado. Ela tornou-se primeira e única mulher senadora em SC.

A boa costura se vê pelo avesso, ensinava Rosa Evangelista, sempre atenta à política, assim como sua neta a jornalista Lúcia Helena Evangelista Vieira, diretora de Comunicação da Alesc. Esse é o momento de laçadas, as eleições mostrarão quem melhor soube desatar os nós.

Sérgio Alves e Edinho Bez em evento da Facisc. Crédito Ana Paula Keller/Divulgação
SC multimodal

O presidente da Federação das Associações Empresarias de Santa Catarina (Facisc), Sérgio Rodrigues Alves, apresentou ontem a quarta edição do Voz Única, documento que contém diagnóstico e proposições para tornar o Estado mais competitivo e sustentável pela ação política. Foram apurados 744 pleitos, organizados em 60 prioridades, cinco por região do Estado. A principal demanda é, de longe, por infraestrutura. Tanto de ampliação e recuperação dos 108 mil quilômetros de malha rodoviária, a sexta maior do país, como modernização de outros modais. São listadas obras para implantação de conexões ferroviárias ligando SC à malha nacional e destravamento de operações para transporte aéreo de cargas e transporte marítimo para passageiros na Grande Florianópolis e para receptivo internacional no Litoral Norte. Mas, aproveitando a presença de representantes de todos os partidos, Sérgio Alves, sugeriu que seja criado um Conselho de Notáveis para ajudar o futuro governador a desenvolver Santa Catarina.

História oculta

Contava-se na convenção do MDB que Antídio Lunelli, se escolhido candidato a governador, não duraria uma semana. Já estaria acertado com a chapa #BoraTrabalhar, que Eron Giordani (PSD) cederia a cadeira de candidato a vice a deputado do MDB do norte do Estado, implodindo o apoio da sigla a Carlos Moisés. Um fato é que a convenção do União Brasil, PSD e Patriotas atrasou bem, só rolou depois da decisão do MDB de colocar Udo Döhler na chapa do governador. Outro fato é que Raimundo Colombo teria agora de escolher suplente do norte para compensar a geografia do concorrente.

Suplente do Norte

Entre o empresariado, é dado como muito provável e respeitável o nome de Ivandro de Souza, da Convisa, para ser candidato a primeiro suplente de Raimundo Colombo (PSD). O ex-governador teria recebido uma lista com cinco nomes de empresários do norte do Estado. Ivandro é construtor, como costuma se apresentar, nascido em Brusque de família humilde, começou como office boy e aos 19 anos mudou-se para Joinville. Pertenceu à Acij Jovem, ajudou a criar o Feirão do Imposto, e já comandou a Secretaria Municipal de Habitação de Joinville, na década de 1990.

Curando as marcas

O presidente estadual deputado Edinho Bez depois de ter conduzido democraticamente a convenção do MDB sábado, saiu para amenizar as marcas deixadas pela disputa. Imediatamente foi a Jaraguá do Sul. Reuniu-se com Antídio Lunelli e o deputado federal Carlos Chiodini e, depois de conversa de mais de duas horas, arrancou dele a confirmação que vai concorrer a deputado estadual. Antídio formalizou a candidatura na noite de terça no Diretório Estadual. Edinho e Celso Maldaner, que também participou da conversa, destacaram o patrimônio político alcançado pelo prefeito em pouco tempo. Bez informa que o MDB não abre mão do nome de Maldaner na chapa de Moisés.

Investimento

O Conselho Nacional do Sesi autorizou venda do complexo esportivo à Prefeitura de Blumenau. A transação será de R$ 31,3 milhões, valor que vai integrar pacote de investimentos de R$ 90 milhões previstos para as estruturas do Sesi e Senais instaladas no município. A solução, explica o presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar, atende tanto o interesse do setor industrial de focar na educação e promoção da saúde e segurança do trabalhador, quanto da prefeitura de potencializar a gestão do espaço. O plano da Fiesc é investir R$ 510 milhões no Estado em quatro anos.

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Produção e edição

ADI/SC jornalista Adriana Baldissarelli (MTb 6153) com colaboração de Cláudia Carpes. Contato peloestado@gmail.com