Polícia Civil cumpre mandados de prisão em operação para combater fraude em licitação em SC

Nesta terça-feira (25), por intermédio da 2ª DECOR (Delegacia Especializada no Combate à Corrupção), região sul, a Polícia Civil realizou a operação “Convite Marcado” com o objetivo de cumprir 05 mandados de prisão temporária e 07 ordens de busca e apreensão.

A investigação foi iniciada no mês de maio após apuração preliminar realizada pelo Ministério Público de Jaguaruna. De posse das informações iniciais, a DECOR assumiu o caso e realizou investigação que identificou fundados indícios de formação de associação criminosa atuando há pelo menos oito anos para fraudar licitações nas cidades de Treze de Maio e Armazém. Até o momento, a Polícia Civil identificou 42 processos licitatórios sob suspeita, com valores não corrigidos que superam quatro milhões de reais. O foco principal dos suspeitos eram editais de peças e serviços para tratores e outras máquinas pesadas.

Além disso, a investigação identificou a utilização de empresas “de fachada” e a utilização de “laranjas”, visando propiciar a efetivação de práticas criminosas conhecidas como “cartelização” e “divisão de mercado”, dentre outras.

Os mandados de prisão e de busca e apreensão foram cumpridos nas cidades de Tubarão e Treze de Maio, oportunidade em que foram apreendidos aparelhos celulares, computadores e documentação apta a instruir a investigação, a qual prossegue no intuito de identificar outros possíveis envolvidos, bem como materializar ainda mais as condutas delituosas.

Os presos são empresários do ramo e “laranjas”, que são suspeitos de crimes de fraude em licitações, associação criminosa, falsidade ideológica, entre outros. Eles serão interrogados no decorrer do dia e, após cumpridas as formalidades, encaminhados ao Presídio Regional.

O nome da operação faz alusão à modalidade licitatória denominada Convite, utilizada para os processos fraudados. Participaram da operação equipes da DECOR/DEIC, 1ª DECOR, DIC e DTCA de Tubarão, Instituto Geral de Perícias (IGP) e da CECOR, órgão responsável pela coordenação das unidades de combate à corrupção da Polícia Civil.