(postagem atualizada) Schardosim, que atropelou e matou Róger Bitencourt, foi condenado a sete anos de reclusão

Atualização – Depois de 11 horas de julgamento, o réu Gustavo Raupp Schardosim, foi condenado a sete anos de reclusão pelos crimes de homicídio, cuja vítima foi o jornalista Róger Bitencourt, e de tentativa de homicídio, contra o amigo da vítima fatal, Jacinto Silveira Florzino. Como ele já cumpriu um ano e quatro meses, restam cinco anos e oito meses, em regime semiaberto. O homicida ainda terá o direito de recorrer em liberdade. O responsável pela morte de Bitencourt terá que pagar R$ 50 mil pelo dano moral.

 

 

 

 

Matéria postada às 11h24min – Acontece neste momento, e já há quase duas horas, o julgamento do motorista que atropelou e matou Roger Bitencourt. O Fórum da Capital recebeu um grande número de pessoas, em sua maioria jornalistas e ciclistas, além de familiares e amigos da vítima.

O caso

Jornalista e diretor da empresa Fábrica de Comunicação, Róger Bitencourt se dedicava também ao esporte, participando de competições. Na manhã do domingo de 27 de dezembro de 2015, ele treinava na ciclofaixa da SC-401 com o amigo Jacinto Silveira Florzino quando ambos foram atropelados por um veículo conduzido por Gustavo Raupp Schardosim.

Depois de atropelar os ciclistas, Schardosim tentou fugir, mas foi contido por um motociclista que testemunhou o acidente. Ele também não quis fazer o teste do bafômetro ou exame de sangue. Entretanto, na delegacia para onde foi conduzido ele admitiu ter bebido antes de dirigir. Além disso, foram encontrados dois cigarros de maconha no veículo.

Segundo testemunhas, ele dirigia em zigue-zague e, mesmo diante do que causou, sua única preocupação era tirar os pedaços das bicicletas que entraram na lataria de seu carro.

O julgamento que ocorre hoje é por homicídio simples e tentativa de homicídio, já que Florzino sobreviveu. O acusado foi detido e permaneceu preso por um ano e quatro meses. Por força de um recurso, foi colocado em liberdade no dia 26 de abril 2017.

Enquanto a acusação se empenha para provar ter se tratado de homicídio doloso, quando há intenção de matar, a defesa insiste na teoria de homicídio culposo, quando não existe essa intenção. A classificação do tipo de homicídio, crucial para definir pena maior ou menor, está em recurso no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Um dos objetivos do movimento que pede por rigor na condenação de Gustavo Raupp Schardosim é para que o caso sirva de exemplo. O entendimento é que não se pode tratar como acidente, mas como crime. Uma grande campanha neste sentido tomou conta das redes sociais.