A "tia da merenda" não existe mais

É hoje, 30 de outubro, que se celebra o Dia da Merendeira, uma profissional que tem papel fundamental nas escolas e no desenvolvimento dos alunos. Com o objetivo de valorizar ainda mais essa função, a partir deste ano a convenção trabalhista assinada com o Sindicato das Empresas de Refeições Coletivas do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina (Sierc RS/SC) passa a denominar o cargo de Merendeira como Cozinheira Escolar. “A mudança pode parecer pequena, mas entendemos que é um passo importante na valorização de profissionais que lidam diariamente com a educação alimentar das crianças”, afirma o presidente do Sierc, Tarcísio Selbach.

Atuando junto das empresas Nutriplus e Risotolândia, que fornecem as refeições a mais de mil escolas públicas estaduais em Santa Catarina, as cozinheiras estão na ponta de uma cadeia formada por nutricionistas, supervisores, diretores e gestores da Secretaria de Estado de Educação (SED).

“A gente se sente mais reconhecida como cozinheira escolar, porque merendeira é a pessoa que serve as refeições e a cozinheira é quem chega cedo e faz todas as atividades”, afirma Sandra Mara da Silva, que trabalha há 20 anos no ramo de gastronomia. Desde 2015 ela prepara e serve as refeições dos alunos do Instituto Estadual de Educação, em Florianópolis.

A rotina diária envolve a produção dos alimentos, garantindo que cheguem até as crianças nas condições ideias de acondicionamento e temperatura. É ela também quem serve os alunos e depois limpa e organiza a cozinha para o próximo turno. Sandra se diz gratificada por exercer essa profissão. “É muito bom quando a gente faz alguma coisa que o pessoal gosta. Quando alguém elogia e diz que a comida é boa, estimula o trabalho”, conclui a cozinheira escolar.
Sandra Mara da Silva

Incentivo para comer melhor

Em todo o estado de Santa Catarina, as empresas Nutriplus e Risotolândia desenvolvem uma série de projetos de educação nutricional para promover a alimentação saudável e orientar os estudantes sobre temas relacionados à saúde e ao bem-estar a partir de escolhas conscientes na hora das refeições. “Toda essa estratégia se torna mais completa com a participação ativa das nossas cozinheiras, que convivem com os alunos e acabam tendo um jeito próprio de interagir com eles, justamente no momento em que se alimentam”, comenta o gerente de comunicação da Nutriplus, Antônio Valini.

Se antigamente as tradicionais merendeiras trabalhavam com um cardápio limitado a produtos industrializados e no preparo de achocolatados e mingaus, hoje a cozinheira escolar participa mais direta e intensamente da elaboração dos lanches completos para as crianças, que contam com opções naturais e nutritivas, seguindo um cardápio previamente estipulado por Nutricionista da SED.

A nutricionista da Risotolândia, Renata Maluly, defende que, mais do que cuidar da qualidade dos alimentos, a cozinheira é a pessoa que transmite afeto em cada refeição servida. “E, por estar próxima dos estudantes, acaba sendo quem os influencia a provar novos alimentos e seguir uma alimentação saudável, reforçando os ensinamentos passado pelos professores e pela nossa equipe nos projetos de Educação Nutricional.”

As duas empresas empregam 2.600 cozinheiras escolares nas unidades estaduais de ensino. Para garantir que o contato direto com os alunos seja sempre proveitoso, as profissionais receberam treinamento e contam com o suporte de nutricionistas, além de apoio de professores e coordenadores das escolas. Assim, trabalhando em time, toda a equipe envolvida com os estudantes desempenha um papel fundamental no desenvolvimento das crianças, que ficam mais bem alimentadas, com o consequente reflexo positivo no rendimento escolar.

(Da Assessoria de Imprensa)